Grupo se reúne em Brasília e pede que governo desista do empreendimento; abaixo-assinado organizado pelos manifestantes tem quase 500 mil adesões
Gabriel Castro
Índios, ativistas dos movimentos sociais e militantes ambientalistas promovem manifestação contra a construção da usina de Belo Monte (Ed Ferreira/AE) Ambientalistas e lideranças indígenas organizam na capital federal um protesto contra a construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu. Cerca de 200 manifestantes se concentraram na manhã desta terça-feira em frente ao Congresso Nacional. Depois, o grupo seguiu para o Palácio do Planalto.
Na sede da Presidência, alguns manifestantes devem ser recebidos por um representante do governo. Eles entregarão um abaixo-assinado com 483 mil adesões pedindo que o governo desista da construção da hidrelétrica.
Karepy Juruna, uma das representantes indígenas, diz que o Brasil não precisa de Belo Monte: "Nós vemos essa proposta do governo de levar adiante os empreendimentos de Belo Monte como uma afronta às nossas populações".
De acordo com as lideranças indígenas, a área alagada com a construção da usina vai desalojar 50 mil moradores da região, entre índios e agricultores.
Obra - Orçada em mais de 10 bilhões de reais, a usina de Belo Monte deverá produzir energia suficiente para abastecer uma região com 25 milhões de habitantes. A hidrelétrica será a terceira maior do planeta. Há duas semanas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) concedeu a licença ambiental para o início dos trabalhos.
Tags: belo monte, dilma rousseff, protesto, rio xingu, usina
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