domingo, 21 de novembro de 2010

Termômetro de Mercúrio pribido


Alguns estados estão se mobilizando há tempo para banir os termômetros da rede hospitalar.  É o caso de São Paulo e de Santa Catarina que também proíbe o uso hospitalar e em farmácias.

Vejam as duas matérias abaixo

27 de Agosto de 2010 - 10:45
Em 95% das vendas, ainda é dada preferência para o termômetro de mercúrio por causa da variação de medição de temperatura
Vagner Molin
Descrição: http://www.adjorisc.com.br/img/adjorisc/diminuirTexto.pngDescrição: http://www.adjorisc.com.br/img/adjorisc/aumentarTexto.png
Descrição: Venda dos modelos prismáticos está proibida em farmácias de SC
Venda dos modelos prismáticos está proibida em farmácias de SC / Foto: N/A
    O uso de termômetros com mercúrio nas redes hospitalar e farmacêutica de Santa Catarina está proibido. A lei foi sancionada, quinta-feira (19), pelo governador Leonel Pavan. As redes terão o prazo de 12 meses para proceder a substituição dos termômetros.
   Após o período de adequação, o descumprimento acarretará em multa, no valor de R$ 2 mil, dobrado a cada reincidência. O produto da arrecadação das multas será destinado ao orçamento do Fundo Estadual de Saúde.
   Para o balconista da Farmácia Nossa Senhora Aparecida Ivo Roberto Rossa Becker, a lei veio garantir a segurança das famílias, pois as crianças podem intoxicar-se com o mercúrio. No entanto, ele avalia que a precisão do produto é muito maior que a do termômetro digital. Segundo Ivo, a variação de medição de temperatura do termômetro prismático para o digital é de 10%. “Uma diferença que terá um efeito grande na medição da temperatura”, avaliou o balconista, destacando que, em 95% das vendas, ainda é dada preferência para o termômetro de mercúrio.
   No Hospital Hélio Anjos Ortiz, de acordo com o diretor Marcelo Pasolini, a maioria dos termômetros de mercúrio já foi substituída pelos digitais há cinco meses. “Ainda temos um ou outro, mas, devido à economia e à segurança, optamos pelo digital”, comentou.
Marcelo destacou, ainda, que muitos termômetros eram quebrados, espalhando o material tóxico, além dos gastos em comprar novos. “Os digitais são mais resistentes. Não são tão precisos quanto os de mercúrio, mas é uma diferença que não terá nenhum problema para o paciente”, argumentou.

 SÃO PAULO: 
Fonte: http://www.saude.sp.gov.br/content/clislushes.mmp 
 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu proibir a compra de qualquer equipamento contendo mercúrio pelos hospitais, ambulatórios e demais serviços de saúde ligados à pasta em todo o Estado. Uma resolução sobre o assunto deverá ser publicada ainda neste mês no Diário Oficial do Estado.

Com a medida, os estabelecimentos estarão impedidos de comprar ou adquirir, por quaisquer outros meios, dispositivos de medição de temperatura ou pressão, tais como termômetros, esfigmomanômetros e similares que contenham mercúrio.

Para uso odontológico, só será permitida a aquisição de mercúrio pré-dosado e pré-acondicionado em cápsulas seladas. Nesses casos, o metal só poderá ser preparado em aparelhos amalgamadores apropriados para tal fim, que não impliquem a abertura prévia das cápsulas seladas.

Os estabelecimentos terão de fazer a troca dos equipamentos já existentes. A partir de 2012, todos os hospitais da rede pública estadual de saúde não poderão utilizar ou armazenar dispositivos de medição de pressão ou temperatura contendo mercúrio, bem como o metal para uso odontológico que não seja em cápsulas seladas.

“O uso de dispositivos contendo mercúrio implica risco à saúde dos trabalhadores e dos pacientes em caso de acidentes, bem como potenciais impactos no meio ambiente. Por isso estamos dando um primeiro passo para banir este componente dos hospitais paulistas, começando pelas unidades de saúde estaduais,” explica Nilson Ferraz Paschoa, secretário de Estado da Saúde.
 

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